Taça de Portugal do CD Aves regressou a casa pelas mãos de Alberto Costa
TROFÉU PENHORADO FOI COMPRADO EM LEILÃO PELA CÂMARA
O presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, entregou hoje ao Desportivo das Aves a Taça de Portugal adquirida, no passado mês de outubro, pela autarquia em leilão. Um regresso a casa do mais importante troféu na história do clube, conquistado na final de 2018, frente ao Sporting.
A cerimónia aconteceu em pleno relvado do estádio do CD Aves, durante o intervalo do jogo que opôs o conjunto da casa ao SC Rio de Moinhos, e contou com a presença de vários jogadores da equipa que conquistou a Taça de Portugal, na época 2017/2018, entre eles o capitão Quim, o marcador dos dois golos, Alexandre Guedes, e o treinador José Mota.
O recentemente eleito presidente do CD Aves, Pedro Pereira, foi quem recebeu o troféu das mãos de Alberto Costa, depois de o autarca ter liderado o processo que levou a Câmara Municipal de Santo Tirso a comprar a Taça de Portugal no leilão que resultou da insolvência da SAD avense, declarada, em 2021, em situação de falência pelo Tribunal Judicial da Comarca de Santo Tirso.
Alberto Costa justificou a decisão de aquisição do troféu com o facto de se tratar de “um património da população de Vila das Aves, que faz parte da sua memória coletiva, além de ser o resultado da maior conquista desportiva na história do Clube Desportivo das Aves”.
Para o autarca, o arresto do troféu da Taça de Portugal “foi uma injustiça que a nossa própria Justiça cometeu”. Defendeu, por isso, “a revisão da legislação, de forma a impedir que este tipo de património passe para as mãos de outros, visto que é algo conquistado dentro de campo, que não deve nunca sair dos clubes”.
“A Câmara Municipal fez o que lhe competia, ou seja, manter no sítio certo aquilo que é património de uma população e de um clube”, explicou Alberto Costa, acrescentando que foi uma decisão tomada “por respeito com todos aqueles que, no dia 20 de maio de 2018, venceram dentro de campo, depois de uma semana em que ninguém quis saber da existência do Aves”.
“Foi, igualmente, por respeito ao treinador José Mota e a esses guerreiros que demonstraram a sua grandeza dentro do campo, que decidimos comprar este troféu e devolvê-lo ao Aves”, disse.
Alberto Costa fez, ainda, questão de sublinhar que o regresso da Taça de Portugal ao CD Aves foi, também, “o resultado do envolvimento de muitas pessoas, designadamente do anterior presidente do clube, António Freitas, que dialogou comigo e com quem estive, aliás, no dia do leilão, a licitar para podermos chegar ao dia de hoje com esta felicidade”.
Sobre o futuro da Taça, o presidente da Câmara de Santo Tirso assegurou que, “do ponto de vista legal, o Município e o Aves trataram de garantir que este troféu não volte a correr o risco de ser perdido para terceiros”.
Com a Taça de Portugal já a seu lado, o presidente do CD Aves, Pedro Pereira, destacou que “este troféu é um símbolo da conquista mais importante na história do clube” e classificou este retorno “a casa” como “o pontapé de saída para o renascimento do Aves, tendo em vista o regresso aos patamares que atingiu no passado”.
O troféu da Taça de Portugal esteve penhorado na sequência da insolvência da SAD do CD Aves, tendo sido leiloado em hasta pública de agosto a outubro, acabando por ser adquirido pela Câmara Municipal de Santo Tirso por 30 mil euros.
