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“Santo Tirso é, de pleno direito, capital da arte pública em Portugal'

21 Maio 2016

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INAUGURAÇÃO DA SEDE DO MUSEU INTERNACIONAL DE ESCULTURA CONTEMPORÂNEA (MIEC) CONTOU COM A PRESENÇA DO PRIMEIRO-MINISTRO, ANTÓNIO COSTA

Está concluída a sede oficial do Museu Internacional de Escultura Contemporânea, em Santo Tirso. A inauguração decorreu no passado sábado, 21 de maio, e contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e do arquiteto Siza Vieira, um dos coautores do projeto. António Zambujo encerrou a cerimónia, com um grande momento musical.

“Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida de autarca”. Foi desta forma que Joaquim Couto, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, assinalou o arranque da inauguração do Museu Internacional de Escultura Contemporânea. A cerimónia contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e do arquiteto Siza Vieira, que em coautoria com Souto Moura idealizou o edifício que contempla agora a sede do Museu de Escultura ao ar livre, composto por 54 esculturas espalhadas pela cidade de Santo Tirso.

“Hoje, correndo o risco parecer imodesto, sinto-me um presidente de Câmara feliz e orgulhoso, porque vi nascer um projeto que nem sempre foi consensual e em relação ao qual dediquei muito do meu tempo e empenho. Acima de tudo, sinto-me um presidente de Câmara orgulhoso porque Santo Tirso é, de pleno direito, a capital da escultura contemporânea em Portugal”, enalteceu Joaquim Couto.

Passados 25 anos desde a ideia inicial, Santo Tirso vê agora concluído o Museu Internacional de Escultura Contemporânea em toda a sua plenitude, depois de em 1990, o professor Alberto Carneiro ter lançado o desafio, pioneiro, à Câmara Municipal: o de trazer, literalmente, as esculturas e a arte para a rua.

Esta nova sede, que para o autarca se traduz na “cereja no topo do bolo”, permitirá que os visitantes tenham acesso a maquetes, desenhos, história e catálogos das exposição dos escultores, podendo ir junto de uma das 54 esculturas espalhadas pela cidade com áudio-guias, para fruir da peça e ao mesmo tempo ouvir uma explicação sobre a sua história e autor.

Durante a vista, o primeiro-ministro, António Costa, enalteceu o resultado da obra. “Foi uma honra estar aqui presente. Convido todos a virem visitar, não só pela sua qualidade arquitetónica, mas também por ser uma oportunidade única de fazer uma viagem sobre a manifestação artística, desde a arqueologia pré-histórica até à escultura contemporânea. Este é um museu que, no fundo, convida a percorrer as ruas e os parques de Santo Tirso, um museu que é a base para um grande programa da arte pública”, elogiou.

Siza Vieira, um dos coautores da obra, considerou que, da parceria com Souto Moura, nasceu um projeto feliz. “O trabalho correu bem, foi rápido e não foi caro. É um projeto que algumas pessoas consideram difícil, porque é um edifício novo, feito num edifício barroco. Não me parece que isso seja uma dificuldade acrescida, pelo contrário, porque um edifício antigo, de grande qualidade, dá indicações muito precisas ao projetista, e fá-lo também sentir-se responsabilizado, sentir que não pode errar”, explicou.

Para Joaquim Couto, esta é a prova viva de que as políticas de médio e longo prazo resultam, para bem das autarquias. “Este projeto é o resultado de uma constância de políticas públicas culturais e urbanísticas, não de um ou 10 anos mas de mais de 25 anos. As artes, a Cultura, não podem ser o parente-pobre das políticas públicas, sejam elas municipais ou nacionais. Estou convencido que este será um grande ganho para o futuro de Santo Tirso”.

A cerimónia contou ainda com a abertura da exposição “Casa comprida com luz”, do escultor Carlos Nogueira, que estará patente até dia 31 de agosto. António Zambujo foi o protagonista de um concerto que marcou o encerramento da cerimónia.

Esta inauguração contemplou ainda a requalificação do Museu Municipal Abade Pedrosa, num investimento total de 4,6 milhões de euros, financiados em 85% por fundos comunitários.

Escultura de Alexandru Calinescu

Escultura de Jorge Du Bon

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