Frederico Brook
As suas nuvens estilizadas e de grande escala são formas ridentes que se afirmam na paisagem como modos de sublinhar a dimensão nem sempre atendida e entendida da natureza.
A sua presença límpida traz ao Museu uma espécie de marca pop, quase ingénua, reivindicação de um fIower power à escala disneyland, ou a meditação - que também muita escultura contemporânea encerra - de uma ponte possível com as formas populares do artesanato, depois de refletidas na disciplina escultórica e assumidas na escala em que esta se entende como tal.
Simples na forma, frágil na aparência mas intensa na vibração delicada da sua memória de nuvem, a peça traz uma dimensão mais naturalista, mais romântica, a um conjunto que opera através de um caráter mais reflexivo e abstrato.