Manuel Rosa
Atualmente a sua obra distribui-se pelas coleções da CGD, Casa de Serralves, Museu de Arte Moderna (Porto), Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (Lisboa) e Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa).
A sua peça constitui a definição de um pórtico, que coloca duas formas aparentadas a bigornas executadas em pedra, sobre dois pilares, acentuando a passagem entre dois espaços: a da cidade e a do campo, delimitando uma fronteira, antes invisível, que é tangencial ao espaço em que a praça se determina, para dar lugar ao vale.
“Esse pórtico”, de algum modo, é o que nos indica que ali se inicia qualquer coisa, que se procede à entrada (simbólica) noutro espaço.
A escultura de Manuel Rosa define como que uma rampa de onde o olhar se projeta, sinalizando a perspetiva que rasa o cume a que faz face - O Monte da Assunção - abrindo-se para o céu, como se a sua ambição de espaço fosse ilimitado. Existe como que uma necessidade de reaver uma relação com uma harmonia cósmica. Dimensionar os espaços: Interior (urbano) e Exterior (não apenas paisagístico como cósmico), numa chamada de atenção para a nossa relação com os dois.