Passar para o Conteúdo Principal
menu
siga-nos
FacebookRSSadicionar aos favoritos

MIECAL

O Museu Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso (MIEC_ST) nasceu por proposta da Vereação do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Santo Tirso, na sequência de uma sugestão do escultor Alberto Carneiro formulada em 1990, para a realização de um simpósio de escultura ao qual estivessem subjacentes temáticas ligadas à arte contemporânea e, especificamente, à escultura pública.
Após a realização de quatro simpósios, em reunião de Câmara de 20 de Novembro de 1996, foi aprovada a constituição do MIEC_ST, instituição que, organicamente, tem por função a execução dos simpósios, assegurar a manutenção e conservação do acervo, assim como, proceder à divulgação e dinamização das atividades realizadas.

O MIEC_ST foi formalmente inaugurado em 1997, pelo então Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio. O organigrama funcional foi reformulado em 11 de Março de 1998, redefinindo-se as competências dos vários serviços que integram o Museu. A sua estrutura orgânica, para além do pessoal afeto, conta com assessoria de dois comissários, designadamente o comissário artístico nacional, o escultor Alberto Carneiro e o comissário artístico internacional, Gérard Xuriguera, professor e crítico de arte. Assim, desde 1991, a cidade de Santo Tirso tem acolhido, neste âmbito, artistas de todo o mundo. O projeto inicial prevê a realização de 10 simpósios, encontrando-se concluídos 8. Estes decorrem por um período de tempo indefinido, durante o qual os escultores executam as obras e procedem à sua instalação nos espaços públicos do município. Atualmente, com 43 esculturas, o MIEC_ST organiza-se em 5 núcleos principais: Parque D. Maria II e jardins adjacentes; Praça 25 de Abril; Parque dos Carvalhais; Praça Camilo Castelo Branco e Parque Urbano da Rabada.
 
O MIEC_ST, enquanto instituição museológica, pretende ser um espaço de diálogo e confronto de várias correntes artísticas, de divulgação da arte contemporânea e de debate do papel da arte pública. O Museu funciona como pólo aglutinador de projetos de arte contemporânea, aproveitando a singularidade da sua organização e a relação com o espaço que ocupa, assumindo-se como um lugar plural e ativo na dinamização das artes plásticas.
 

Alberto Carneiro

 
alberto_C_1.jpg
Instalada na Praça Camilo Castelo Branco, foi a primeira escultura a animar os espaços verdes de Santo Tirso, abrindo caminho para o Museu Internacional de Escultura. Alberto Carneiro definiu esta obra, nas suas Notas para um Diário, da seguinte forma: «É a água que corre sobre a superfície da terra e modela os seus movimentos no reconhecimento da matéria», acrescentando «É a pedra que se desvenda nas vibrações da água. Sulcos da vida sobre a terra para as anamneses do corpo. Os elementos deixam as suas marcas sobre a superfície das pedras». E prossegue o artista referindo: «A água corre da montanha e busca a horizontalidade da terra. Cintilações líquidas que tornam a pedra fluída e apelam às mobilidades do corpo. Espaço mandálico onde a água busca o centro. Cosmos da unidade do corpo e do universo».
 
alberto_C_2.jpgArtista do “Cosmos e do Corpo”. A sua obra revela sempre um pendor para questionar os conceitos. O autor descreve esta obra como «identificações da montanha que as interioriza, da lua que revela a noite, do barco que busca o mistério. Entre mãos, são o grão de areia e o infinito. Revelam o corpo nessa intimidade com as coisas simples que nos suscitam o gozo estético».

Nas suas Notas para um Diário, Alberto Carneiro define também esta obra como «O tempo e os elementos que afeiçoaram estas pedras. Elas são formadas pelo rolar dos tempos no reconhecimento dum corpo sobre a terra. São o chamamento para o sagrado que o corpo transporta no seu cosmos».
Partilhar
ColorAdd Icone