Júlio Le Parc
Na peça de Santo Tirso, em que as esguias formas que atravessam os três cubos são fixas, está naturalmente presente a ideia de movimento. Um movimento que é sugerido pela parte superior da peça em que as sugestões de ramos ao vento dão uma figuração de uma árvore.
Assim, a obra estabelece relação com a paisagem arborizada em que se envolve como uma figura discreta e delicada, quase transparente apesar da sua escala e volume.
É essa densidade poética da sua obra, ao mesmo tempo rigorosamente arquitetada em formas definidas e aberta à presença de linhas de fuga, que tão sinteticamente exprime o equilíbrio sereno da sua contenção.