Ângelo De Sousa
Autor consagrado que dispensa qualquer apresentação no contexto da história da arte portuguesa. Muitos se lembrarão da elegância e inteligência das obras que realizou no princípio da década de setenta onde se revela a potencialidade plástica do seu pensamento.
Simplicíssima no seu esquema formal, a escultura esboça um espaço quase arquitetónico de uma open house definida entre um muro e as suas portas, que parecem flutuar no vento como asas.
Escultura lúdica, vibrante na sua inteligência e disciplina pelo rigor das linhas. Ângelo de Sousa sintetizou com brilhantismo um caminho singular da escultura portuguesa e europeia da sua época, apesar do artista se ter entendido mais profundamente com as práticas da pintura, da fotografia ou do desenho no plano da sua afirmação pública.