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Incubadora de Moda e Design já está a funcionar

30 Setembro 2014

A Incubadora de Moda e Design (IMOD) da Fábrica de Santo Thyrso já está a funcionar. Seis projetos inovadores ocupam, a partir de agora, os ateliês daquele espaço. O SMLXL – Fashion and Design Moment, que decorreu no sábado à noite, 27 de setembro, marcou o arranque oficial, com a apresentação dos designers e estilistas incubados. “Queremos que a Fábrica de Santo Thyrso funcione como um agente âncora, estabelecendo a ligação entre os designers e a indústria, de tal forma que estes projetos ligados à área do têxtil e da moda ganhem dimensão além-fronteiras”, realçou o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Joaquim Couto, na sessão de abertura do evento.

O autarca sublinhou, ainda, o “caráter inovador e único à escala mundial” da IMOD da Fábrica de Santo Thyrso. No mesmo espaço, explicou, “concentram-se valências de formação, investigação, produção, promoção e comercialização ligadas ao têxtil e à moda”. Nesta perspetiva, “estão reunidas as condições para que Santo Tirso seja um local de afirmação da moda portuguesa, nomeadamente em termos de inovação”, considerou Joaquim Couto.

Para além da apresentação pública dos projetos incubados, o SMLXL – Fashion and Design Moment serviu de ponte entre a primeira edição da SMLXL – Fashion and Design Week, realizada em 2013, e a segunda edição, a ter lugar em maio do próximo ano. O presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso revelou que entre as várias iniciativas que estão a ser programadas para este grande evento de moda, poderá estar o Concurso Europeu de Jovens Criadores. “Trata-se de um grande concurso que na última edição envolveu sete países e que nas últimas duas edições, sempre realizadas em Itália, teve como vencedores dois alunos da ESAD. Será importante trazer para Portugal e para Santo Tirso este evento, que pode projetar a moda do nosso país”, anunciou, dando conta de que esta é uma questão que está a ser discutida no âmbito da direção da Associação das Coletividades Têxteis da Europa (ACTE).

Para além dos seis designers instalados atualmente na IMOD, estão ainda abertas as candidaturas paras os três espaços existentes, bem como para os espaços do Centro de Empresas Inovação e duas lojas da Fábrica de Santo Thyrso.

 

SEIS PROJETOS | SEIS IDEIAS

São seis projetos inovadores, seis jovens, seis estilos. A «Adaptable» é um deles, um projeto de excelência orientado para pessoas com necessidades especiais, colmatando lacunas ainda existentes na sociedade, para promover a inclusão e a igualdade destas pessoas nos domínios social, pessoal e da cidadania. Através de tecnologia de vanguarda, este projeto desenvolve um processo de leitura tridimensional das medidas de cada pessoa, através da utilização de um body scanner, medidas estas que, aglutinadas numa base de dados antropométrica, permitirão o mapeamento dos interessados e das peças de vestuário adaptáveis.

O «Atelier CTRL» é outro. Um grupo de criadores com o sonho de perpetuar a arte e a filosofia na moda criou este ateliê de roupa conceptual. Cada peça é baseada num manifesto escrito para cada coleção, criando não apenas roupas, mas experiências sobre temas dramáticos para a sociedade no século XXI, através de uma série de contos, de pinturas a óleo, texturas musicais e visuais que são criadas e compostas no ateliê. Daniel Costa é natura de Santo Tirso e ocupa outro dos espaços da IMOD. A empresa dedica-se à produção, comercialização, importação e exportação de malhas e artigos de malha. Com a aceleração do ritmo das mudanças tecnológicas, a globalização dos mercados e o aumento da agressividade concorrencial, as empresas têm de desenvolver novos métodos e estratégias, para terem um sucesso sustentado nos negócios. Perante esta situação, Daniel Costa acredita que é primordial eliminar custos indiretos na cadeia de fornecimento e é necessário lançamento de produtos com maior agilidade no mercado se quer manter-se competitiva.

A fotografia enquanto moda.A «Nazareth Collection» é uma marca de design portuguesa que introduziu um novo conceito de moda, aplicando fotografias em toda a peça de vestuário. É arte que se pode vestir. Dos colarinhos às bainhas, da frente às costas, cada peça aceita uma fotografia a 100%. Totalmente à volta do corpo. A primeira coleção – OH Porto Collection – foi um sucesso, ao ter sido muito procurada pelos turistas que visitaram a cidade. A segunda – Fado Collection –, inteiramente dedicada à cidade de Lisboa e à alma do fado, apresenta-se em forma de túnicas, t-shirts, tops e lenços, nos quais estão fotografias originais e formas contemporâneas de ver o fado, da arquitetura a grafitis. Já a «Royal Rebel London» é uma marca urbana, direcionada para um público jovem e irreverente. Visa posicionar-se no mercado de médio/alto poder de consumo e apresenta como grandes caraterísticas o facto de ser exclusiva (é produzido um pequeno número de peças por modelo) e pouco comercial (os prints são irreverentes e sarcásticos). A marca orienta-se para um nicho de mercado e não uma marca de massas. Criatividade, originalidade e atitude pretendem ser a imagem de marca deste projeto.

A «Rather» tem como mote da coleção construída o universo simbólico do mito da Torre de Babel. A coleção propõe uma desconstrução por camadas, assente em peças que se alteram e desprendem, formando mais do que uma, ou podendo ser usadas de diferentes formas. Os exteriores são complexos, tendo uma base clássica, em oposição ao sportswear referente às alças de mochila e às calças com algum volume. Os interiores refletem a reconstrução de um ideal com estampados de aspeto desgastado, corroído e ao mesmo tempo dinâmicos, gráficos, versáteis, painéis de um pulsar contemporâneo. Resultando em looks com jogos de cinzas e preto, tendo a luz dos azuis como contraste, apresentará uma dicotomia entre tecidos clássicos e técnicos. Liens é o resultado de um estudo de multifuncionalidade aliada ao design, tendo por base uma preocupação e adequação com a realidade.

A dar apoio a estas empresas, está também instalada na IMOD a empresa POD Equipamentos e Materiais – Import Export Lda. Iniciou a sua atividade em 2012, fruto do empreendedorismo de duas pessoas, com experiência comprovada no setor de impressão digital. Fabrica, atualmente, em Portugal sete modelos das soluções da sua marca registada MTEX, de impressão direta em tecidos e de pré e pós tratamento, com mais de 60 instalações no mercado, em que 95% da sua produção é destinada à exportação. A equipa de recursos humanos tem uma média de idade de 30 anos e na sua maioria com qualificação superior. Como missão, pretende participar ativamente no desenvolvimento do setor têxtil com produtos de referência, através do “know-how” técnico e aliados a entidades nacionais e internacionais, mantendo a POD como uma empresa de topo e referência mundial.

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