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Campanha municipal aposta na prevenção dos maus-tratos na infância

01 Abril 2014

O Município de Santo Tirso aderiu à campanha “Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância” que se comemora em abril, com um conjunto de iniciativas que visam sensibilizar a população para este problema. Esta terça-feira, dia 1 de abril, o executivo camarário e 350 crianças lançaram, simbolicamente, balões azuis na Praça 25 de Abril, em frente ao edifício dos Paços do Concelho. À mesma hora, 3500 balões foram também lançados por todos os jardins de infância e escolas básicas do concelho. Paralelamente, iniciou-se uma campanha nos Transportes Urbanos de Santo Tirso (TUST) e junto da população com algumas frases apelativas: “Hoje, já deu um abraço ao seu filho?”; “Já disse ao seu filho que o ama?”; “Já deu um passeio com o seu filho?”; “Já leu um livro com o seu filho?”; “Já fez alguma surpresa ao seu filho?”; “Já deixou um adoro-te na mochila do seu filho?”; “Já elogiou o seu filho hoje?”.

É uma campanha com vista a alertar para os maus-tratos na infância. A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Santo Tirso, presidida pela Câmara Municipal e composta por diversas entidades do concelho, associou-se ao movimento de cariz nacional, e promove durante o mês de abril um conjunto de ações de sensibilização junto da população. “É um problema ao qual ninguém pode ficar indiferente. O Município de Santo Tirso quer ser voz ativa na resolução das questões relacionadas com os maus-tratos infantis e, por isso, decidiu apostar nesta campanha de alerta”, explica o presidente da autarquia, Joaquim Couto.

A campanha surge pela positiva. O intuito, acrescenta Joaquim Couto, foi criar ideias que “incentivem atitudes positivas por parte dos encarregados de educação”.

Em 2013, no concelho de Santo Tirso, a CPCJ registou 107 novas denúncias de maus-tratos, tendo terminado o ano com 189 processos ativos.  Segundo os dados, o volume processual de 2013 foi maior do que em 2012, facto que poderá ser explicado “pela necessidade de se acompanhar os processos por períodos mais longos”. “A conjuntura atual influenciou gravemente os orçamentos familiares e consequentemente as problemáticas sociais nas famílias mais desfavorecidas”, lê-se no relatório anual da CPCJ de Santo Tirso.  

Os estabelecimentos de ensino são as principais entidades sinalizadoras da ocorrência de maus-tratos na infância (28,3 por cento das sinalizações), seguidas das autoridades policiais (21 por cento). Estes resultados poderão estar diretamente relacionados com o aumento, em 2013, das problemáticas do abandono escolar, consequência do alargamento da escolaridade obrigatório para os 18 anos ou 12º ano. Aliás, de acordo com os dados estatísticos, os processos ativos têm maior incidência na faixa etária entre os 15 e os 17 anos. O apoio da CPCJ junto dos pais tem sido a medida aplicada com maior destaque nos problemas detetados.

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