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Exposição de Alberto Carneiro na Fábrica de Santo Thyrso

07 Março a 30 Abril 2015

Esculturas e Desenhos expostos na Nave Cultural de 07 de março a 30 de abril


Alberto Carneiro apresenta na Nave Cultural da Fábrica Santo Thyrso a sua mais recente exposição antológica. Constituída por uma seleção de esculturas e desenhos que cobrem o arco temporal dos mais de 50 anos de atividade deste artista, que renovou os sentidos da escultura realizada em Portugal, a mostra revela as preocupações que desde sempre estão presentes nesta obra dedicada à relação entre o indivíduo, os elementos naturais e a perceção paisagística do mundo.


Cabeça de mulher, obra em basalto realizada no Funchal em 1963 e na Missão Estética de Férias em que o artista participou, ainda enquanto estudante da Escola Superior de Belas Artes do Porto, e os desenhos de paisagens rememoradas que o artista tem vindo a produzir em anos mais recentes delimitam cronologicamente esta exposição, a qual oferece também a ocasião para revisitar trabalhos pouco vistos nos últimos anos, como as esculturas antropomórficas em bronze que marcam a primeira apresentação pública de Alberto Carneiro, em 1967.

A obra de Alberto Carneiro resulta de um equilíbrio entre o rigor analítico e a exploração poética dos materiais da escultura, ambos concorrendo para uma auscultação dos ritmos da natureza e para o desvendamento das energias contidas nas matérias naturais a partir das sensações despoletadas pelo seu corpo através do contacto com a paisagem, os elementos naturais e os seus arquétipos árvore e montanha.

Como escreveu em 1965: “A natureza sonha nos meus olhos desde a infância. Quantas vezes adormeci entre as ervas? A minha primeira casa foi em cima da cerejeira que é hoje uma escultura. Entre o meu corpo e a terra houve sempre uma identidade profunda. A floresta ou a montanha que eu trabalho num tronco de árvore ou num bloco de pedra fazem parte integrante do meu ser”.

A Exposição de Alberto Carneiro, de esculturas e desenhos estará patente ao público na Fábrica de Santo Thyrso de 07 de março a 30 de abril. A entrada é livre.

 

Horário:

Segunda sexta-feira: 09h00/18h00

Fim de semana: 14h00/18h00

 

BIOGRAFIA


Alberto Carneiro nasceu no Coronado, Portugal, em 1937. Entre os 10 e os 21 anos, aprendeu o ofício de santeiro nas oficinas de arte sacra da sua terra natal. Diplomado pela Escola Superior de Belas Artes do Porto (1961-1967) e Pós-Graduado pela Saint Martin’s School of Art de Londres (1968-1970). Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian: Porto (1962-1967) e Londres (1968-1970). Professor Associado, Agregado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. Lecionou no Curso de Escultura da ESBAP (1971-1976), no Curso de Arquitetura da FAUP (1970-1999) e foi responsável pela orientação pedagógica e artística do Círculo de Artes Plásticas, Organismo Autónomo da Universidade de Coimbra (1972-1985).

Dedicou-se ao estudo do Zen, do Tao, do Tantra e da Psicologia Profunda. Viajou pelo Oriente e pelo Ocidente para viver e interiorizar outras culturas. Expõe
desde 1963. Realizou 95 exposições individuais e participou em mais de 100 coletivas em Portugal e no estrangeiro. Teve exposições retrospetivas no CAC do Museu Soares dos Reis, Porto (1976), na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (1991), na Fundação de Serralves, Porto (1991), no Museu Machado de Castro e Pátio da Inquisição, Coimbra (2000), no Centro Galego de Arte Contemporânea, Santiago de Compostela (2001), no Museu de Arte Contemporânea, Funchal (2003), no Centro Cultural de Cascais (2005), na Fundação Beulas, Huesca (2006), na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, Almada (2011), e no Centro de Arte Contemporânea de Bragança (2012). Representou Portugal nas Bienais de Paris (1969), de Veneza (1976) e de São Paulo (1977). Apresentou um conjunto muito significativo de novos trabalhos na exposição individual que o Museu de Arte Contemporânea de Serralves (Porto) lhe dedicou, em 2013. Está representado em museus e coleções públicas e privadas, em Portugal e no estrangeiro. Criou o Museu Internacional de Escultura Contemporânea nos espaços públicos da cidade de Santo Tirso, com a realização dos Simpósios Internacionais de Escultura Contemporânea (desde 1991) e o Parque Internacional de Escultura Contemporânea na Vila de Carrazeda de Ansiães (2002-2009). Recebeu os prémios: Rocha Cabral da Academia Nacional de Belas Artes (1963), Meireles Júnior, ESBAP, (1962 e 1963), Teixeira Lopes, ESBAP (1965), Nacional de Escultura (1968), Nacional de Artes Plásticas-AICA/MC (1985), Antena I (1987-88), Tabaqueira de Arte Pública (2004), Casa da Imprensa (2004) e Prémio de Artes Casino da Póvoa (2007). Recebeu as Comendas de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1994) e de Mérito Cultural de Primeira Classe do Equador (1998), a Medalha de Ouro do Concelho de Santo Tirso (1993) e a Medalha de Honra do Município de Carrazeda de Ansiães (2009).

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